Faz amanhã uma semana que caí das escadas abaixo cá em casa, logo depois de chegar do magnus, onde tinha tomado um capuccino na companhia da Bá e do Diogo, do Vitor e da Rafa... Na manhã seguinte fiquei muito feliz quando me disseram que não tinha partido nada. No entanto têm sido dias de grande dependência e tem-me custado muito ficar parada em casa, sem ir ao ginásio, sem conduzir, sem fazer o que me apetece. Ontem fui à biblioteca da FAUP, e foi terrível sentir-me condicionada fisicamente. Aquelas rampas intermináveis... Demorei mais de 15minutos a chegar do passeio ao raio da biblioteca.
Amanhã tenho uma frequência da única cadeira teórica que ainda tenho. Estou sem paciência para estudar, estou completamente farta daquela matéria. Teoria da Arquitectura, uma forma pseudo-poética de dizer "História de Chacha da Arquitectura, daquela que já todos os alunos do curso estão fartos de saber, mas que como eu sou tão cabrão e tão exigente e tão bom profissional e preciso manter a fasquia bem a bater no topo, não passo ninguém..." e etc, etc, etc...
Estou sem paciência nenhuma para estas questões de anarquias mediocres e incompetências sórdidas camufladas por uma falsa burocracia que envolve a ESAP. Devia ter ido para a Universidade do Minho, como pensei antes de entrar, mas que por ser muito nova não quis, cheia de medos. É muito frustrante para mim ver a minha escola afundar-se desta forma. "É o segundo melhor curso de arquitectura do país", diziam-me na Soares todos os professores. "Uma segunda Bauhaus!" :D:D:D Apetece-me rir só de pensar nas expectativas que tinha, tão inocente que era... Sinto-me como uma pedra quando chego lá, sem emoções, inquietações, completamente apática e apenas com uma convicção dentro de mim, acabar o curso o mais rápido possível. Digamos que é ainda mais frustrante sentir que existe gente capaz lá dentro, mas que é totalmente abafada por uma matilha de cães raivosos e completamente cegos perante os meios para atingir os fins. Uma Bauhaus... quem me dera! Precisavamos do sangue daquela gente revolucionária entre nós para derrubar quem nos aparecesse a frente, para me sentir bem forte e não uma imbecil que anda sempre descontente, queixando-me aos porteiros, às empregadas da limpeza, aos colegas... mas que nada faz. É verdade. Hoje olho para aquilo e sinto que apenas quero ter paciência por mais um ano, e o resto que se lixe. Sinto-me demasiado cansada, demasiado desapoiada e demasiado sem esperança para fazer seja o que for.
Resta-me esperar e trabalhar muito. Muito mesmo. Só assim poderei assegurar que não interessa o que façam, poderei pôr-me a andar no fim do ano.
Sinto-me uma descontente, meio parada no tempo, a fazer duas cadeiras do ano passado, a par do 6º ano e de um trabalhito que arranjei. É como se tivesse encalhado algures, antes de chegar a bom porto. Preciso dar uma volta a minha vida e sinto que aquela escola e outros ambientes em que convivo me prendem os membros, que não me deixam avançar.
Preciso urgentemente sair de casa, desta casa. Conviver menos nesta família, que é a minha família, mas que é tão antagónica. Tão reactiva sem motivo, tão passiva na tormenta. Preciso urgentemente de encontrar o meu canto e de me encontrar. Só quero agarrar no que vale a pena e progredir, dar um passo.
Boa sorte para todos, para os exames, estágios, doutoramentos. Para a vida que por vezes parece tão injusta. Boa sorte para ti amor, mereces muito...
PS- Logo que me sinta melhor do pé, podemos ir passar um fim de semana a felgueiras, ok?
Beijos
Amanhã tenho uma frequência da única cadeira teórica que ainda tenho. Estou sem paciência para estudar, estou completamente farta daquela matéria. Teoria da Arquitectura, uma forma pseudo-poética de dizer "História de Chacha da Arquitectura, daquela que já todos os alunos do curso estão fartos de saber, mas que como eu sou tão cabrão e tão exigente e tão bom profissional e preciso manter a fasquia bem a bater no topo, não passo ninguém..." e etc, etc, etc...
Estou sem paciência nenhuma para estas questões de anarquias mediocres e incompetências sórdidas camufladas por uma falsa burocracia que envolve a ESAP. Devia ter ido para a Universidade do Minho, como pensei antes de entrar, mas que por ser muito nova não quis, cheia de medos. É muito frustrante para mim ver a minha escola afundar-se desta forma. "É o segundo melhor curso de arquitectura do país", diziam-me na Soares todos os professores. "Uma segunda Bauhaus!" :D:D:D Apetece-me rir só de pensar nas expectativas que tinha, tão inocente que era... Sinto-me como uma pedra quando chego lá, sem emoções, inquietações, completamente apática e apenas com uma convicção dentro de mim, acabar o curso o mais rápido possível. Digamos que é ainda mais frustrante sentir que existe gente capaz lá dentro, mas que é totalmente abafada por uma matilha de cães raivosos e completamente cegos perante os meios para atingir os fins. Uma Bauhaus... quem me dera! Precisavamos do sangue daquela gente revolucionária entre nós para derrubar quem nos aparecesse a frente, para me sentir bem forte e não uma imbecil que anda sempre descontente, queixando-me aos porteiros, às empregadas da limpeza, aos colegas... mas que nada faz. É verdade. Hoje olho para aquilo e sinto que apenas quero ter paciência por mais um ano, e o resto que se lixe. Sinto-me demasiado cansada, demasiado desapoiada e demasiado sem esperança para fazer seja o que for.
Resta-me esperar e trabalhar muito. Muito mesmo. Só assim poderei assegurar que não interessa o que façam, poderei pôr-me a andar no fim do ano.
Sinto-me uma descontente, meio parada no tempo, a fazer duas cadeiras do ano passado, a par do 6º ano e de um trabalhito que arranjei. É como se tivesse encalhado algures, antes de chegar a bom porto. Preciso dar uma volta a minha vida e sinto que aquela escola e outros ambientes em que convivo me prendem os membros, que não me deixam avançar.
Preciso urgentemente sair de casa, desta casa. Conviver menos nesta família, que é a minha família, mas que é tão antagónica. Tão reactiva sem motivo, tão passiva na tormenta. Preciso urgentemente de encontrar o meu canto e de me encontrar. Só quero agarrar no que vale a pena e progredir, dar um passo.
Boa sorte para todos, para os exames, estágios, doutoramentos. Para a vida que por vezes parece tão injusta. Boa sorte para ti amor, mereces muito...
PS- Logo que me sinta melhor do pé, podemos ir passar um fim de semana a felgueiras, ok?
Beijos