Oi gente! Tenho muito que estudar mas não tou com grande vontade e como vi um tema tão actual e importante sugerido e muito bem pela Bázita e achei que devia comentar.
Deve ser um pouco doloroso para ti Bá, um pouco estranho. Eu vivo numa família muito tradicional e sem dúvida sinto-me um pouco previlegiada por ter crescido, eu e a minha irmã com uns pais que se amam tanto como os meus. Até é um pouco estranho, porque olho para os meus tios e nenhum deles tem uma relação tão bonita como os meus pais têm. Reparo que na geração deles há sempre uma certa distância do homem em relação à mulher e no caso que vivo assisto exactamente ao contrário.
Eu cresci praticamente sem o meu pai, ele foi um pai ausente durante toda a minha infância e ainda hoje existem alguns vestígios dessa distância entre nós. Consta até que eles passaram uma fase que estiveram prestes a separar-se, tudo porque a minha mãe deitava-se e levantava-se da cama sem ver o meu pai. Quando cheguei à minha adolescência e comecei a fazer uns disparates e o meu pai tentou intervir obviamente rejeitei-o, como tinha feito toda a minha infância, como também consta.
Eu não me recordo bem desta fase, mas acho que a 1ª recordação que tenho do meu pai já devia ter uns 4 ou 5 anos e foi uma recordação que a mim me deixou alguma mágoa. Depois recordo-me durante o tempo que andei na primária de almoçar no restaurante e aí sim já me afastava dele. Não queria tar com ele porque tinha medo, receio, não sei muito bem, mas como não o conhecia e como tinha crescido sem uma presença masculina aquilo perturbava-me um bocado. Este aspecto também veio a desencadear algum desequilibrio ao longo da minha vida também, coisa de que culpo muito o meu pai...
Mas em relação à minha mãe sempre assisti a um homem diferente, muito dedicado e apaixonado.
Eu acho que hoje em dia o divórcio está exageradamente banalizado. Acho que as pessoas casam porque gostam e amam mas que não têm noção que partilhar a vida com outra pessoa é também abrir mão de algumas coisas e pensar não só no singular mas no plural. Por exemplo, tenho noção que o que os meus pais passaram, se fosse hoje em dia talvez tivesse dado para o divórcio. Amar é partilhar, dar e receber e acho que o que acontece hoje é que as pessoas se acomodam e deixam de tentar conquistar a outra pessoa a cada dia que passa. (Até eu que não casei, a partir do momento em que deixei de sentir necessidade de conquistar o João todos os dias, perdi-o e ele a mim, porque acabou por criar uma barreira enorme entre nós...)
Mas é obvio, existem situações em que as pessoas são incompatíveis, que não se toleram ao partilhar uma vida e claro, nesse caso defendo totalmente o divórcio, porque por vezes não adianta de nada alimentar relações vazias. E por isso mesmo é que defendo que se deve antes de casar, viver junto por um ano ou dois. Pelo menos é isso que pretendo para mim...
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