É claramente complexo, mas principalmente porque muita gente assim o faz crer.
Quando ví o ENG. FERNANDO SANTOS (treinador do meu SLB) num debate sobre o aborto, a defender o "não", vi que realmente as coisas estão meio perdidas. Utilizar como defesa que "Deus e a Igreja Católica...... isto", é algo que me parece não saber olhar para o lado e observar o que realmente se passa. Assim como unicamente se falar de terminar uma vida de "1o semanas".
Facilmente se tem entrando em extremismos absurdos, de um lado e do outro e por vezes esquecem-se as questões mais básicas, Portugal com a legislação actual, continua a permitir que quem tem dinheiro vá abortar com toda a segurança ao nosso país vizinho, numa clínica completamente especializada, que anuncia nos nosso jornais como se a gravidez fosse uma doença, prometendo o "tratamento" da gravidez... para isso pagam muito e bem. Enquanto quem não tem grande hipotese de gastar tão preciosa fortuna, continua a ter duas opções, ou tem o filho, ou em ultimo caso, paga uma fortuna mais pequena e arrisca a vida nas mãos de um carniceiro qualquer, que pratica a cirurgia abortiva num anexo qualquer, em qualquer condições com materiais quaisquer. Neste caso e completamente alheios a leis, quer criminais, quer fiscais, temos muita gente a enriquecer e ao mesmo tempo a colocar em risco a vida, quer de um feto de "10 semanas" como da mãe... a legalização só por isto me parece necessária, porque desde logo é passa a ser uma luta leal, existe a escolha da mulher em defender o seu bem estar, sabendo que pode recorrer a um serviço médico especializado e em caso de algo não correr bem está protegida pelas leis.
Existe agora um caso nas televisões, de um "pai (?)" que após alguns anos vem reclamar a filha "biológica", que abandonara nas mãos da mãe. A mãe não podia sustentar a criança, tentou durante 6 meses e depois deixou a criança ao encargo de uma família que a "adoptou"... agora quem é ouvido é o pai da criança, a mulher nem opção teve e agora nem palavra tem, fez mal?
Digo isto porque se uma mãe abandona um filho é uma cabra... e um pai que abando na o filho é um gajo que depois tem tempo de antena e ainda é defendido pela lei.... e acreditem que se a mãe quisesse agora "reaver" a filha, a lei não a iria defender.
Um homem engravida uma mulher, e foge, continua a ser um grande homem, uma mulher engravida e sozinha, ganha barriga é apontada por amigos, familiares e conhecidos, enquanto do pai ninguém se lembra. A mulher pode agora ser abandonada pelo pai da criança, mas creio que agora poderá ter a lei para a proteger e não para a abandonar, a mulher poderá escolher e medir os prós e os contras da sua gravidez, poderá também calcular o seu futuro e do futuro filho, se vale a pena ter a criança para depois a largar numa lixeira qualquer, ou se vale a pena ter o filho quando irão os dois ver a sua vida destruida na miséria passados meia duzia de anos.
Compreendo com os que defendem o não, mas a religião não pode ser uma ilusão, ou o unico refúgio ideológico ou a ausencia dele. Pode ser um ser vivo, não apto para sobreviver sem ser ligado à "máquina" da mãe.... depois disso não poderemos nós falar na eutanásia???
Cumps
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