Viver no estrangeiro é uma experiência muito importante para qualquer pessoa, ganhamos outra dinâmica, independência e vontade. Quero voltar lá fora, para ver, conhecer e aprender, mas sinceramente não me imagino a viver para sempre longe do melhor cantinho do mundo, este país à beira mar plantado.
Há muitas coisas que me entristecem por cá... Já o António Variações há mais de 20anos conseguiu caracterizar o tipico português, ora vejam lá se percebem.
"Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar"
Ah! Que bela descrição, mas como bom português que era, só soube dizer a parte má. Esqueceu-se de dizer como tão hospitaleiros que somos, generosos e amigos.
Mas temos de tudo, bom e mau, como em todas as comunidades.
Na minha opinião, uma coisa má que nos define é a falta de civismo com um automóvel nas mãos, uma coisa boa será a facilidade que temos tentar agradar.
Somos nós, a próxima geração a entrar no mundo do trabalho que temos a responsabilidade, obrigação e vontade (ou pelo menos deviamos ter) de fazer o país andar para a frente. Não deixar que os políticos nos tapem os olhos (a divida pública vai aumentar este ano, tomem lá anti-direita), não contribuir para a política da cunha. Mas aqui a gente depara-se com outro problema, os jovens 90% esquerdistas, vivem numa utopia, exigem tudo e mais alguma coisa, mas trabalhar para ter seja o que for, muito poucos o fazem... É mais fácil apontar do que soluccionar. A coisa boa é que ao menos mostram alguma preocupação.
Apesar de nem sempre concordar com a maneira, o Manel, ao fazer frente aos professores comunas com a PDM da ESAP, mostra que quando queremos somos capazes de mudar algo... Mostrou coragem que a Inês e colegas não tiveram, nem têm. A ESAP é o local ideal para quem se está a cagar para tudo e todos, e quem não gosta de ser calcado é um local complicado, pior ainda para quem não gosta de ser calcado e não deixa que o calquem! Manel, acho que envelheceste uns 10anos nestes últimos 3.
Força! "Se a professora quiser, ponho um nariz de palhaço e vou ai para o meio fazer palhaçadas" é o que sempre sonhei dizer ao um professor... Disse qualquer coisa parecido, mas nada tão agressivo.
Ora bem, fico por aqui, como português orgulhoso e imigrante saudoso.
Beijinhos e Abraços
João
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