São dias de luto na minha alma estes últimos que tenho passado, mas como diriam todos com a sabedoria na ponta da língua, "a vida continua", pelo menos terá de continuar, bem ou mal.
Tenho estado a adaptar-me a dias em que não tenho planeado cada hora e minuto, horas de almoço, jantar, descanso, de sono. Mal entrei de férias saí do Porto, ainda de ranho no nariz pelo choro daquela segunda feira de manha. Muita decepção e preocupação me acompanharam naquela viagem até Quiaios, anestesiada mais tarde por muitas horas de conversa e descontração. Logo de seguida e agora meio atordoada pelo sono das 5 da manhã, parti para Portimão, sob ordens superiores de uma passagem em Lisboa às 8h da manhã. Uma semana agradável muito marcada pela tentativa de acompanhar um ritmo totalmente quebrado por 15 dias longe do mundo civilizado, numa doença estúpida e injusta adquirida por parvas atitudes de uma família inconsequente. Muito cansaço, uma certa apatia e vontade de fazer mais do que fiz, de aproveitar mais do que aproveitei. Uma preocupação transformada em profunda tristeza e hoje, uma dificuldade em me adaptar. Sempre sofri deste sindrome de inadaptação aguda, mas agora, sem o meu companheiro de quatro patas tem sido bem pior. Todos os dias falo dele e penso nele e a cada dia que passa a dor vai-se alterando, o choro não é tão intenso e regular, mas tem-me custado imenso ficar em casa, sem os horários impostos associados a uma boa dose de adrenalina e ansiedade, que me torna tão mecanizada ao fim de 10 meses de trabalho.
Espero que este mês seja bem longo, para aproveitar cada momento, para curar a dor e recuperar-me totalmente para um ano de mudança que aí vem.
Espero que tejam todos bem e que aproveitem muito...
Beijos**
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